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ONU ALERTA:

03/05/2005 - Agência Aids

Aids continua aumentando

O ano de 2004 foi marcado pela morte de 3,1 milhões de pessoas e 4,9 milhões de novos casos de Aids no mundo. Por ouro lado, há sintomas animadores de que a epidemia começa a recuar em número limitado de países. No Brasil, a taxa de mortalidade em decorrência da Aids caiu desde 1996 em aproximadamente 80%.

No mundo a epidemia de Aids continuou aumentando em todas as regiões. A região mais preocupante é a Ásia, segundo um relatório apresentado ontem pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, em Nova York.

O dossiê, que traz uma análise da evolução da Aids no mundo, informa que há "sintomas animadores" sobre a epidemia que começa a recuar em limitadamente, embora em um número cada vez maior de países.

O documento reconheceu que o acesso a tratamentos anti-retrovirais se estendeu a níveis inimagináveis há 10 anos. Como exemplo, indicou que a cobertura do tratamento anti-retroviral superou 50% em sete países da América Latina.

O texto citou que, no Brasil, a taxa de mortalidade em decorrência da Aids caiu desde 1996 em aproximadamente 80%, graças ao acesso generalizado ao tratamento anti-retroviral através do setor público.

Mais de oito mil pessoas morrem todo dia por causas relacionadas à doença. De acordo com cálculos da ONU, no final de 2004, havia 39,4 milhões de indivíduos infectados com o vírus HIV. A metade dos doentes é de mulheres, apesar de ser menos provável que adotem comportamento de alto risco do que seus parceiros, segundo o documento.

O relatório também alertou que a Aids afeta de forma desproporcional adolescentes e jovens e que seu impacto sobre as crianças "é inquietante". Quinze milhões de crianças ficaram órfãs como conseqüência da Aids, lembrou o dossiê. Ressaltou que a África Subsaariana continua sendo a região mais afetada, já que é responsável por 64% das infecções no mundo todo e 74% das mortes por esse motivo.

O relatório advertiu que, apesar do aumento de recursos, em 2007 pode haver um déficit importante entre os fundos disponíveis e os recursos necessários para financiar uma campanha de grande alcance e cobertura.

Calcula-se que em 2004 havia US$ 6,1 bilhões disponíveis para realizar programas de grande alcance em 135 países de baixa e média rendas, o que representa 23% a mais que as despesas estimadas para 2003.