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DISTRIBUIÇÃO DE PRESERVATIVOS
09/11/2005 - AFP
Em escolas causa polêmica na Argentina
O ministro argentino da Saúde, Ginés González GarcÃÂa, defendeu nesta segunda-feira a distribuição gratuita de preservativos nas escolas para prevenir a Aids e a gravidez indesejada, depois que um bispo se disse disposto a convocar a desobediência civil contra a medida.
"É uma lei da Nação, não é um capricho meu. E vamos cumpri-la, porque tem a ver com o direito das maiorias", advertiu o ministro em declarações àimprensa nesta segunda-feira.
"Vamos continuar com a polÃÂtica de saúde reprodutiva", que inclui a distribuição gratuita de preservativos e a educação sexual nas escolas, insistiu.
O presidente da Comissão de Pastoral Social e arcebispo da cidade de Resistencia (nordeste), monsenhor Carmelo Giaquinta, disse no domingo que "não duvidaria em convocar os cristãos àdesobediência civil" se forem mantidas as polÃÂticas oficiais sobre saúde reprodutiva.
Giaquinta aludiu àdenúncia da mãe de um aluno de uma escola de La Plata (sul), segundo a qual foram distribuÃÂdos preservativos e pÃÂlulas anticoncepcionais entre crianças do ensino fundamental.
O ministro considerou que não se pode destruir toda a polÃÂtica oficial "por alguma estupidez, como dizem que ocorreu em La Plata. O programa não prevê uma coisa dessas. É um disparate se alguém distribuiu isto para crianças".
A Igreja Católica, majoritária na Argentina, renovou no domingo a polêmica em torno da polÃÂtica de saúde reprodutiva do governo do presidente Néstor Kirchner, iniciada meses atrás pelo bispo militar Antonio Baseotto, e que resultou no esfriamento das relações com o Vaticano.