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AIDS E A POPULAÇÃO NEGRA NOS EUA

17/11/2005 - Reuters

Diminuem novos casos de Aids entre negros nos EUA

O número de diagnósticos positivos para HIV nos Estados Unidos ficou estável de 2001 a 2004, mas caiu 5 por cento ao ano entre os negros, um dos grupos mais atingidos pela doença, informaram na quinta-feira autoridades federais da área de saúde.
Os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças (CDCs), que divulgaram os dados, disseram que a queda no número de novos casos de Aids entre os negros parecia ter relação com a queda no número de doentes entre os usuários de drogas intravenosas e heterossexuais.
Apesar da boa notícia, autoridades dos CDCs afirmaram que a batalha contra o HIV continua a ser tão marcada pela raça quanto pela orientação sexual e advertiram sobre o perigo de grupos de risco adotarem uma postura complacente em relação à doença.
"Precisamos trabalhar para acelerar o sucesso da luta contra a doença entre as mulheres negras e para reduzir os níveis extremamente altos de contaminação entre os homens negros que tiveram relações sexuais com outros homens", disse Ronald Valdiserri, médico dos CDCs.
Em 2004, o HIV foi identificado em 38.685 norte-americanos, segundo o estudo da agência. Em 2001, esse número havia sido de 41.207.
Os negros, que representam cerca de 13 por cento da população dos EUA, responderam por 51 por cento dos 157.252 diagnósticos do período. A taxa de novos casos da doença nessa população, em 2004, foi de 76,3 para cada 100 mil, uma taxa menor que a de 88,7 para cada 100 mil registrada em 2001.
Em 2004, as chances de um negro adquirir o HIV foram 8,4 vezes maiores do que as de um branco nos EUA. A taxa de diagnósticos positivos da doença entre a população norte-americana caiu de 22,8 para cada 100 mil em 2001 para 20,7 para cada 100 mil em 2004.
Apesar da queda no número de novos casos de Aids entre os negros, a taxa geral de contaminação manteve-se constante devido a um número maior de diagnósticos positivos entre os homens homossexuais e bissexuais.
Esse grupo continua a ser o mais atingido pelo HIV, respondendo por 44 por cento dos casos surgidos entre 2001 e 2004.