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CONFEDERAÇÃO SINDICAL INTERNACIONAL

01/11/2006 - EFE

CSI aposta no fortalecimento dos direitos da mulher no mundo

Um dos principais objetivos da recém criada Confederação Sindical Internacional (CSI) é defender os direitos da mulher, pois grande parte da discriminação no ambiente de trabalho afeta este setor.

A CSI acredita que uma profunda e persistente discriminação de gênero segue constituindo uma realidade universal no mundo do trabalho, e na sociedade em geral, e que muitos aspectos da globalização estão piorando ainda mais a situação.

Este diagnóstico deve constar no projeto do programa que deverá ser adotado amanhã, na última sessão do congresso de fundação da CSI, a maior sindical mundial da história, criada oficialmente ontem, em Viena. Nos debates prévios à sua aprovação, Heidemarie Wieczorek-Zeul, ministra para a Cooperação ao Desenvolvimento da Alemanha, lembrou hoje que "a maioria dos trabalhadores discriminados no mundo são do sexo feminino".

Além disso, 60% dos infectados pelo vírus da aids também são mulheres.

A CSI deverá adotar um programa específico de ação, e redobrará esforços para organizar as mulheres em sindicatos, especialmente as que trabalham em condições precárias e de maneira informal.

A equatoriana Mariana Guambo, membro da Comissão de Regulamento da CSI, lembrou que a grande maioria dos cerca de 50 milhões de explorados nas zonas francas industriais são mulheres.

"A CSI terá uma resposta para todas as mulheres exploradas, que sofrem com grandes desigualdades salariais e são reprimidas por sindicalizar-se. Calcula-se ainda que 40% delas sejam assediadas sexualmente", disse a dominicana Eulogia Familia Taipa, delegada da Confederação Nacional de Unidade Sindical (CNUS) de seu país.

Segundo a CSI, os sindicalistas homem têm que dar mais espaço a suas companheiras, já que "a futura força e vitalidade do movimento sindical depende em grande parte da incorporação das mulheres".