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AIDS NA ÃFRICA
04/06/2007 - Reuters
Aids mata governantes e já ameaça democracias na Ãfrica
A Aids pode estar matando autoridades eleitas em alguns paÃses do sul da Ãfrica a um ritmo tão rápido que é difÃcil substituÃ-las, o que cria uma nova ameaça à democracia e à governança na região, disse um novo estudo.
O Instituto para a Democracia no Sul da Ãfrica (Idasa) afirmou que um estudo dos padrões de mortalidade na Ãfrica do Sul, no MalauÃ, na NamÃbia, na Zâmbia, na Tanzânia e no Senegal indicou que a crise da Aids está abalando os governos eleitos.
"Nossas conclusões mostraram que houve um aumento drástico no número de lÃderes eleitos que morreram prematuramente devido à doença", disse numa conferência recente Kondwani Chirambo, chefe de governança e do programa anti-Aids do Idasa.
"Se compararmos a tendência antes e depois do inÃcio da pandemia, vemos que os padrões de morte imitam o padrão de mortalidade entre a população em geral," disse ele.
A pesquisa de Chirambo lança uma nova luz sobre o problema da Aids/HIV na região, no momento em que a Ãfrica do Sul se prepara para sua conferência semestral sobre a Aids, que começa na terça-feira em Durban.
O estudo mostrou que o HIV/Aids é responsável por mudanças no poder polÃtica e por sobrecarregar as verbas dos paÃses com a reorganização de eleições.
A Ãfrica subsaariana é responsável por 25 milhões dos 39 milhões de infectados com o HIV. São poucas, porém, as mortes de personalidades públicas na Ãfrica que são atribuÃdas à doença, numa mostra do estigma que continua acompanhando o problema no continente.