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PROCEDIMENTOS ESTÃTICOS REPARADORES

19/10/2008 - Ministério da Saúde

Seis hospitais farão procedimentos para pacientes de aids

Seis hospitais farão procedimentos estéticos reparadores para pacientes de aids

Hospitais de São Paulo, Paraná e Paraíba já podem realizar cirurgias estéticas reparadoras para pessoas que vivem com aids. O Ministério da Saúde publicou esta semana portaria para habilitar seis unidades de saúde para realizarem procedimentos de correção de lipodistrofia no Sistema Único de Saúde (SUS). Agora são sete os hospitais que oferecem esse tipo de atendimento. Em abril deste ano, o Hospital Nossa Senhora da Conceição em Porto Alegre já havia sido habilitado. Estima-se que metade dos pacientes que usam anti-retrovirais há mais de um ano tenha algum tipo de acúmulo ou perda de gordura em áreas localizadas do corpo.

A lipofistrofia é um dos efeitos colaterais mais importantes do uso dos anti-retrovirais, pois causa deformações no rosto e outras áreas do corpo, além de alterações no colesterol e risco de desenvolver diabetes. A diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, lembra que o problema é um dos principais obstáculos para a adesão dos pacientes ao tratamento. “Daí a importância do SUS em oferecer esse serviço”, diz.

Na opinião da responsável pela Unidade de Assistência e Tratamento do Programa Nacional de DST e Aids, Rachel Baccarini, o acesso universal a esses procedimentos é um grande ganho na qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e Aids. “Trata-se de uma forma de combater o preconceito e o estigma que a lipodistrofia traz às pessoas que tomam os medicamentos”, afirma.

O serviço localizado na Paraíba fará apenas preenchimento facial. Todos os outros (veja lista abaixo) estão habilitados a fazer os diversos tipos de cirurgias: preenchimento facial com polimetilmetacrilato; lipoaspiração de gordura localizada em giba (próximo à nuca), abdômen e dorso, redução de mamas e implante de prótese glútea.

hospitais cadastrados no Brasil:

– Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em Cascavel (PR);

– Hospital Heliópolis, em São Paulo (SP);

– Hospital das Clínicas FAEPA, em Ribeirão Preto (SP);

– Conjunto Hospitalar Sorocaba, em Sorocaba (SP);

– Hospital de Base de São José do Rio Preto, em São José do Rio Preto (SP);

– Complexo de Doenças Infecto Contagiosas Clementino Fraga, em João Pessoa (PB);

– Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Porto Alegre (RS).


O Programa Nacional de DST e Aids já treinou mais de 500 pessoas em todo o país, tanto para qualificação técnica como para sensibilização sobre o tema. Desde 2005, médicos, gestores e representantes de organizações da sociedade civil já passaram pelo processo.

Para que os hospitais sejam credenciados é necessário cumprir algumas determinações. Entre elas, oferecer diagnóstico, tratamento e atendimento ambulatorial a quem vivem com HIV e aids; ter atendimento de urgência nas 24 horas para essas pessoas; dispor de leitos clínicos no tratamento ao portador de HIV. É preciso ainda contar com os profissionais em seu quadro: cirurgião plástico; infectologista, médico clínico ou imunologista; dermatologista; anestesista; especialista em medicina intensiva em pós-operatório para possíveis complicações cirúrgicas; além de enfermeiros.

No caso da habilitação apenas para tratamento facial, é preciso ter cirurgião plástico ou dermatologista; infectologista e enfermeiro.

As regras atuais prevêem um serviço de saúde habilitado para cada grupo de 3 mil pessoas em terapia anti-retroviral. Nos estados em que há menos de 3 mil pacientes, foi estipulada a criação de um serviço. Mariângela Simão acredita que a habilitação desses serviços irá incentivar outros hospitais a se prepararem. “A habilitação é voluntária. É preciso que as unidades compreendam esses atendimentos como algo importante”, afirma. Estima-se que seja necessário habilitar 67 unidades de saúde pelo Brasil para atender à demanda por procedimentos estéticos reparadores.

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