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FESTA PARA CRIANÃAS NO FINAL DE SEMANA

30/09/2009 - APIS

ONG que leva qualidade de vida a portadores de HIV e Aids

ONG que leva qualidade de vida a portadores de HIV e Aids promove festa para crianças neste final de semana

Encontro reunirá, em Praia Grande, 120 crianças com objetivo de consolidar os conceitos de vivência e convivência entre meninos e meninas portadoras ou não do vírus HIV

Dedicada a promover qualidade de vida para pessoas que vivem com o vírus HIV ou que já manifestaram a Aids em Praia Grande, a Organização Não Governamental Associação de Promoção e Incentivo à Saúde (Apis), promove neste domingo, dia 4 de outubro, uma festa para cerca de 120 crianças do município. A iniciativa acontece na sede da entidade que fica na Rua Xavantes, 899, no bairro Tupi, a partir das 15 horas, e tem como principal objetivo consolidar os conceitos de vivência e convivência, baseados no fim de qualquer diferença ou preconceito no relacionamento social que possa haver entre meninos e meninas portadoras ou não do vírus ou da doença.

Isso se deve, principalmente, aos avanços nos tratamentos, que tornou possível a soropositivos e os portadores de Aids (termo utilizado para quem já manifestou os sintomas da doença) ter uma rotina com qualidade de vida. Há ainda, no entanto, um preconceito mascarado contra quem faz tratamento, que precisa ser superado, afirma a presidente da Apis, Gladis Wallau. “O preconceito está na falta de informação. Por incrível que pareça conversamos com pessoas que ainda acreditam que se pega por meio dos talheres, por meio do beijo. Olham muito a aparência e ainda acham que é impossível que as pessoas não tenham o vírus por não aparentar os sintomas fisicamente”.

Mudança de cultura

Gladis aproveita o evento realizado para crianças para ressaltar a importância do trabalho de pré-natal por parte de quem é soropositivo. Hoje, a maioria dos casos de bebês nascidos de mães que tenham o vírus está negativando, mas a negligência com o período de gestação, aliada a falta de busca por informação, ainda é fator de contágio. "Hoje atendemos quatro crianças menores de oito anos soropositivas sendo filhos de três mães que não fizeram o pré-natal e uma porque amamentou o bebê”.

Mais do que o atendimento para as futuras mães, a presidente da Apis destaca a necessidade do trabalho do pré-natal para o casal, independente de estarem casados ou não. Ela recorda de palestra realizada recentemente para gestantes no programa de DST/AIDS da prefeitura: “eram dez gestantes, sendo cinco adolescentes, muitas já na segunda gestação. Era o pré-natal do casal e não havia nenhum homem, nenhum marido. Um estava preso, outro era soropositivo e nem queria saber de fazer tratamento. O que temos que falar para essas mulheres é o seguinte: “Você tem que cuidar de você e de seu bebê independente da opinião do parceiro. Se ele quiser participar, ótimo, caso contrário, faça a sua parte porque a responsabilidade da saúde do seu filho enquanto estiver dentro do seu ventre é somente sua”.

Quando se fala no uso obrigatório do preservativo, no geral, precisa haver uma mudança de cultura na população. As pessoas colocam suas vidas na responsabilidade ou irresponsabilidade do outro. A confiança é um risco muito grande quando se fala de Aids, completa Gladis.

Voluntariado

A Associação de Promoção e Incentivo à Saúde (Apis) foi fundada em 4 de janeiro de 2000 para propiciar melhores alternativas de qualidade de vida às pessoas que vivem com HIV/Aids, em Praia Grande. A ONG recebe um subsídio do programa municipal de DST/Aids no valor de R$ 12 mil por ano para manutenção da infra-estrutura como aluguel e custos de manutenção. Os interessados em colaborar voluntariamente ou fazer doações podem entrar em contato na sede da entidade (Rua Xavantes, 899, Tupi), no fone 3494-4055, ou pelo e-mail apis.praiagrande@gmail.com. O site da Apis é www.apis.org.br.