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FALTA DO MEDICAMENTO ABACAVIR

09/04/2010 - Agência Aids

ativistas decidem realizar manifestação contra a falta do Abacavi

Durante reunião do Fórum de ONG/Aids de São Paulo, ativistas decidem realizar manifestação contra a falta do Abacavir

No dia 21de maio ativistas do movimento social paulista de HIV/aids vão realizar uma manifestação contra o desabastecimento do antirretroviral Abacavir 300mg. A decisão foi tomada durante reunião ordinária do Fórum de ONG/Aids do Estado de São Paulo, realizada nesta sexta-feira, 9 de abril, e faz referência à nota técnica divulgada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde em dezembro do ano passado informando que o Abacavir deveria ser substituído por outros antirretrovirais devido a “dificuldades encontradas na aquisição do medicamento”.

“A falta de remédio é injustificável e inadmissível. Isso é crime de saúde pública”, afirmou o presidente do Grupo Pela Vidda/SP, Mário Scheffer.

O ativista também questionou a explicação da diretora do programa brasileiro de aids, Mariângela Simão, de que a falta do medicamento ocorreu porque a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) fez uma série de exigências para a empresa indiana que, fornece o produto, e a empresa demorou a cumpri-las.

“Que justificativa é essa? A entrega de documentação não é uma exigência criada de uma hora para outra na importação de remédios. Essa não é a primeira vez que o Ministério da Saúde compra medicamentos e ele sabe como funciona “, completou Scheffer.

O advogado e representante do Grupo de Apoio à Vida (GIV), Cláudio Pereira, também avaliou a falta do remédio como inadmissível. “Existe a possibilidade de fazer compras emergenciais para evitar a falta de remédios."

Já Eliandra Soleira, representante da ONG Avidda (Associação de Valorização, Integração e Dignidade do Doente de Aids), sugeriu que o presidente do Fórum, Rodrigo Pinheiro, articule com os representantes do movimento de luta contra a aids dos demais estados do Brasil a discussão sobre o tema. “Uma coisa é São Paulo se mobilizar, outra, é uma mobilização nacional”, declarou.

Ainda durante a reunião, os ativistas decidiram enviar um documento ao Ministério e ao Departamento responsabilizando-os pela falta do Abacavir.