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CAMPANHA CONTRA AIDS NO CARNAVAL

02/02/2004 - GAZETA DO POVO (PR)

Ministro manda mudar slogan da campanha contra Aids

A assessoria do ministro da Saúde, Humberto Costa, informou nesta quarta-feira que o slogan da nova campanha de Aids será "Pela Camisinha não passa nada. Use e confie". A frase divulgada na terça-feira pela assessoria da Coordenação de DST e Aids - "Por aqui não passa nada. Bote fé, use camisinha" - foi vetada pelo gabinete do ministro, que considerou a vinculação com a Igreja Católica uma provocação desnecessária. Segundo a assessoria do ministro, essa versão já teria sido vetada há cerca de um mês.

A campanha com o novo slogan já está sendo preparada e deve estar nas ruas em cerca de duas semanas, a tempo de ser distribuída às coordenações estaduais. A intenção do ministério é reforçar a idéia de que o preservativo é seguro. Na campanha, uma das imagens é a de um peixinho nadando dentro de uma camisinha cheia de água.

Globo.com



GAZETA DO POVO (PR) 31/01/04 GERAL

Ministério lança campanha voltada a travestis na Câmara

A Frente Parlamentar de HIV/Aids e o Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, lançaram hoje na Câmara a primeira campanha nacional de prevenção voltada para travestis. O objetivo da campanha, cujo slogan é "Travesti e respeito, já é hora dos dois serem vistos juntos", é reforçar na sociedade atitudes de respeito em relação a esse segmento da população e reduzir sua vulnerabilidade ao vírus da Aids.

Participaram do lançamento da campanha o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa; o diretor-adjunto do Programa Nacional de DST/Aids, Roberto Brant; a vice-presidente da Associação Nacional de Transgêneros e Transexuais, Marcela Prado; e representantes do Ministério da Justiça.

Marcela Prado disse que há resistência de parlamentares em discutir projetos de interesse dos homossexuais, mas afirmou que o fato de serem recebidos na Câmara já é um grande avanço. Segundo ela, é preciso ter coragem para apresentar projetos como o que prevê que o Sistema Único de Saúde (SUS) pague pela realização da cirurgia de troca de sexo, que tramita na Câmara.

- Essa casa é do povo e deveria também ser nossa. Para nós é um grande passo estarmos aqui e sermos recebidos. Sabemos que há resistência grande de deputados e é preciso ter coragem para apresentar projetos como esse - disse Marcela Prado.

O deputado Fernando Gabeira (sem partido-RJ), que participou da solenidade, defendeu que as minorias sejam representadas no Congresso e disse esperar que em breve um travesti seja eleito deputado.

- Não custa nada ter um travesti na Câmara. Já tivemos em 82 a eleição do Juruna (que representava os índios) - afirmou o deputado, destacando que a bancada de mulheres está aumentando e a de negros também. - Ele poderia ter dificuldade de defender seus projetos, mas eu, que represento os usuários de maconha, também tenho - completou Gabeira.

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