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A INFECÃÃO PELO HPV

02/02/2004 - Jornal do Comércio - PE

Infecção pode regredir sem necessidade de tratamento ou cirurgia

Não há tratamento padrão para a infecção por HPV. Pode haver a combinação de mais de um método e a escolha dependerá do tipo, da localização e da extensão da lesão.

Apesar de não haver cura, assim como acontece com todos os vírus, o HPV pode ser controlado. Segundo o ginecologista Edison Fedrizzi, se o vírus estiver latente, ou seja, presente e sem lesão, não há risco de se transmitir a doença para o parceiro. “O grande risco é quando existe lesão”, explica. Os médicos podem optar por destruir as lesões com a aplicação de medicamentos, cauterizações, eletrocirurgia e até laser. “Há o consenso de que em alterações pré-malignas é melhor fazer a eletrocirurgia, que consiste em cortar a superfície do colo de útero atingida. Casos simples devem ser observados porque pode haver regressão espontânea. Cremes abrasivos não são eficazes e não eliminam os vírus completamente”, diz a ginecologista Maria José de Camargo.

SEM ESTRESSE – Uma medida importante é reforçar o sistema imunológico. “O vírus pode voltar com a baixa do sistema imune. É preciso se alimentar bem, não fumar, não beber álcool e evitar o estresse. Recomendo comer muitas frutas e outros vegetais, pois são ricos em vitaminas A e C e em ácido fólico”, diz Fedrizzi. O exame de Papanicolaou deve ser realizado anualmente ou a cada três anos, dependendo da avaliação do médico. “Se a mulher tem apenas o vírus e não apresenta alterações nas células do colo do útero, não há o que fazer. Basta o acompanhamento médico de rotina. Se fizer regularmente o exame preventivo, estará segura contra a doença. Não precisa se submeter a testes mais sofisticados, como a tipagem de HPV (a captura híbrida)”, diz Maria José.