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EXAMES MAIS RÃPIDOS E MAIS BARATOS

06/02/2004 - Correio Braziliense

Teste rápido para diagnóstico do HIV

Os exames para diagnosticar a Aids ficarão mais rápidos e custarão menos. Após dois anos de negociação, o laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz, do Ministério da Saúde, assinou ontem em Brasília um acordo de transferência de tecnologia com a empresa americana Chembio. A partir de agora, o Brasil começará a produzir o kit que fornece o diagnóstico do vírus HIV tipos 1 e 2 em menos de três minutos. A produção do kit em solo brasileiro também proporcionará, em três anos, uma economia de US$ 500 mil para o programa. A cada ano, o programa efetua 300 mil exames desse gênero a um custo de US$ 1 milhão, já que todos os kits são importados.

Jornal - A TARDE(BA) - 06/02/2004
Os testes para diagnosticar a Aids ficarão mais rápidos e custarão menos ao governo. Após dois anos de negociação, o laboratório Bio-Manguinhos/Fiocruz, órgão do Ministério da Saúde, assinou ontem em Brasília um acordo de transferência de tecnologia com a empresa americana Chembio.
A partir de agora, o Brasil começará a produzir o kit americano que fornece o diagnóstico do vírus HIV tipos 1 e 2 em menos de três minutos. “É um teste absolutamente rápido e de uso ambulatorial e eu creio que isso vai dar um avanço muito significativo para o programa DST/Aids (Programa Nacional de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids), porque a questão do diagnóstico é muito complexa, a pessoa ter que ir até um laboratório, tirar sangue, fazer uma operação que leva tempo, sempre é mais difícil, certamente vai facilitar desta forma como nós estamos fazendo”, afirma o diretor de Bio-Manguinhos, Akira Homma.
A produção do kit em solo brasileiro também proporcionará em três anos uma economia de US$ 500 mil para o programa. A cada ano, o programa efetua 300 mil exames desse gênero a um custo de US$ 1 milhão, já que todos os kits são importados.
O teste rápido terá preferencialmente uso ambulatorial e será fundamental em grávidas que não fizeram o pré-natal ou em recém-nascidos, permitindo que sejam tomadas medidas de prevenção para evitar a infecção de mãe para filho, a chamada transmissão vertical.

GENÉRICOS – O consumidor brasileiro de medicamentos é refém de práticas ilegais. Para combatê-las, são necessárias ações conjuntas das iniciativas pública e privada, informou a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró Genéricos). A entidade revelou ontem, parcialmente, a primeira pesquisa sobre o mercado de medicamentos em geral e de genéricos específicamente feita no País, encomendada ao instituto Ipsos Opinion. A pesquisa foi realizada em outubro do ano passado com 1250 pessoas da área médica, das farmácias e do público consumidor.
Dos 150 médicos consultados, 85% disseram não ter restrição à indicação do medicamento genérico aos pacientes. Dos 15% que não costumam indicar esse tipo de droga, 23% nunca o fazem, 64% prescrevem de vez em quando e 14% muito raramente.
Entre os 250 balconistas de farmácias independentes de redes, que representam 78,47% das vendas de medicamentos no País, constatou-se que 34% dos entrevistados oferecem medicamentos diferentes dos prescritos pelos médicos. A maior parte dessas indicações feitas pelos balconistas são de similares. Nesse caso, a crítica da diretora executiva da Pró Genéricos, Vera Valente, é de que os similares só podem ser vendidos sob prescrição médica.
Os genéricos, ao contrário, por terem obrigatoriamente testes de bioequivalência e biodisponibilidade, podem ser indicados pelos balconistas sem que haja prescrição médica.