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COMBATE AO VÃRUS HIV
09/02/2004 - CORREIO DA BAHIA
Caritas desenvolve programa de prevenção do vÃrus da Aids
Para ajudar a combater a proliferação do vÃrus HIV no paÃs, a Cáritas (organismo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) vem desenvolvendo o Programa Solidariedade e Esperança/Aids
O objetivo é conscientizar as pessoas sobre os perigos oferecidos pela Aids e as formas de prevenção da doença, além de apoiar os soropositivos. "Até o fim de 2003, fazÃamos o acompanhamento regular de cerca de 1.960 portadores do HIV em domicÃlio", conta a coordenadora do programa, Maria Lawandoski, durante um encontro e avaliação das atividades, realizado ontem em Salvador.
O Programa Solidariedade e Esperança é desenvolvido em seis dioceses: Salvador, Feira de Santana, Ilhéus e Vitória da Conquista, na Bahia, e em Aracaju e Estância, em Sergipe. "A escolha dos locais de atuação é feita pelo nÃvel de vulnerabilidade e de contaminação das comunidades", explica Lawandoski, esclarecendo que os 130 agentes voluntários capacitados atuam em paróquias, escolas e comunidades, não necessariamente ligados à Igreja Católica. "à sobretudo um trabalho humanitário", diz.
Sobre uma das questões polêmicas quando o assunto é a prevenção à Aids, a coordenadora afirma que o uso do preservativo, nesse programa, não é incentivado, nem proibido. "Mostramos à s pessoas as formas de prevenção e o indivÃduo faz sua escolha de acordo com sua realidade", afirma, ressaltando as formas de comportamento. "Para a Igreja, valores como a fidelidade são preventivos contra a Aids", diz, apesar de, em muitos casos, a contaminação acontecer entre parceiros que são casados.
"A Igreja não tem uma regra geral. Respeita as especificidades e a realidade de cada região e cultura, e a consciência de cada pessoa. Nosso objetivo é informar as pessoas para que elas tenham um comportamento seguro", diz o assessor nacional da pastoral DST/Aids, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
O programa atua em três frentes: educação preventiva, prática de solidariedade e sustentabilidade. "Além de palestras educativas, há o atendimento a pessoas que já estão doentes. Mas não é assistencialismo", disse.