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DOENTES E SEM REMÉDIOS

12/02/2004 - EXTRA (RJ)-

O estado do Rio pode deixar de receber R$ 1,5 milhão do MS

O estado do Rio pode deixar de receber R$ 1,5 milhão do Ministério da Saúde referentes a gastos com Programas de Prevenção à Aids. Para que isso não aconteça, a Secretaria estadual de Saúde precisa voltar a fornecer os medicamentos contra doenças oportunistas, como pneumonia e tuberculose que costumam afetar portadores do HIV. Foi o que afirmou ontem Alexandre Grangeiro, diretor do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde:
— Primeiro vamos tentar resolver o problema porque o atraso no fornecimento pode não ser por negligência do estado. Mas, num extremo essa interrupção pode significar suspensão dos repasses de recursos para outras ações de prevenção à Aids no estado.
Menos tempo de vida
De acordo com o Ministério. a compra dos medicamentos é dever do estado, que em contrapartida, recebe verba para financiar outras ações de combate à doença. Desde julho, o governo federal repassou RS 1.5 milhão para o Rio. E, nos próximos seis meses, estão previstos RS 1.5 milhão.
— O ministério está preocupado. Vamos trabalhar para buscar uma solução e agilizar a compra dos medicamentos. Eles são vitais para os doentes com Aids. A falta dos remédios contra doenças oportunistas pode diminuir o tempo de vida do paciente — diz Grangeiro.
Ontem, a Secretaria estadual admitiu que da relação de 26 medicamentos que deveria ter não tem 18. E afirma que tem problemas para encontrar laboratórios dispostos a participar de licitações que os distribuidores atrasam entregas.
Segundo Willian –Amaral, secretario geral do Pela Vidda — organização não-governamental que apóia doentes com .Aids — cerca de 10 mil ressoas podem estar sendo prejudicadas no Rio sem remédios desde dezembro.