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MS QUER AUMENTAR CONFIANÃA NA CAMISINHA

18/02/2004 - Jornal de Brasília

Camisinha com moral baixa


Campanha do Ministério da Saúde quer aumentar a confiança do brasileiro nos preservativos

Pesquisa feita pelo Ibope para o Programa Nacional de DST/Aids, do Ministério da Saúde, em 2003, mostra que 15% da população sexualmente ativa não acredita que o preservativo possa barrar o vírus da Aids. Em contrapartida, para o Carnaval deste ano, o Ministério da Saúde em parceria com as secretarias de Saúde dos estados lançou campanha com o objetivo de trabalhar a confiança nos preservativos.

Com o slogan “Pela camisinha não passa nada. Use e confie”, os organizadores da Campanha Nacional de Prevenção à doença pretendem conscientizar a população sobre os ricos de contágio da Aids. A meta é distribuir mais de 10 milhões de preservativos nas cidades brasileiras. No DF serão distribuídas 160 mil camisinhas masculinas e femininas, folderes e cartazes em locais de grande concentração popular, como, por exemplo, a Passarela da Alegria, no Eixo Monumental.

A estratégia da Gerência de DST/Aids tem sido manter um trabalho educativo constante, intensificado em épocas festivas, como o Carnaval. Segundo a gerente de DST/Aids, da Secretaria de Saúde do DF, Josenilda Gonçalves, é preciso quebrar alguns "tabus", como o conceito de grupos de risco. Para ela, não existem esses grupos e sim comportamento de risco. "Temos que fazer com que as pessoas entendam o que são e quais são essas situações." Durante o Carnaval, agentes da Secretaria de Saúde estarão em várias ruas da cidade e centros de saúde para divulgar junto aos foliões a importância do sexo seguro, com o uso de preservativos.

Além disso, Josenilada alerta que a prevenção é necessária não apenas no Carnaval, mas também durante todo o ano e lembra que os postos de saúde estão sempre disponíveis para a distribuição de preservativos.

Estatisticamente, o perfil da epidemia de Aids no Brasil e no mundo mudou. A tendência, segundo técnicos do Ministério da Saúde, é a feminização - mais mulheres infectadas, geralmente pelo seu único parceiro devido a varias dificuldades de se negociar o uso do preservativo – e a interiorização da doença – a AIDS está atingindo as populações da periferia e interior.

Em Brasília, segundo a Secretaria de Saúde, existem 2.321 pessoas infectadas com o HIV. Em 1.810 casos, houve a manifestação da doença.