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MEDICINA ALTERNATIVA

24/06/2004 - BBCBrasil.Com

OMS alerta para riscos de medicina alternativa

A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez um alerta sobre o uso de remédios da chamada "medicina alternativa" e pediu controles mais rígidos sobre os produtos.
Segundo a OMS, na China, país onde é grande o uso da medicina não-alopática, o número de reações adversas aos remédios alternativos passou de 4 mil em 1999 para 9.854 em 2002.
A OMS divulgou novas normas para aconselhar usuários de terapias que vão de acupuntura a ervas medicinais e suplementos alimentares.
Elas têm como objetivo ajudar aqueles que compram remédios complementares no balcão da farmácia e não informam a seus médicos.
A organização diz que esses remédios não são "bons para todo mundo o tempo todo".

Informações

"A OMS apóia os remédios tradicionais e alternativos que tenham demonstrado benefícios para os pacientes e riscos mínimos", disse Lee Jong-wook, diretor-geral da organização.
"Mas como mais pessoas usam esses remédios, os governos deveriam ter ferramentas para garantir que todos tenham as melhores informações sobre benefícios e riscos", afirmou.
Um crescente número de pessoas em países industrializados e em desenvolvimento usa remédios alternativos, e há crescentes relatos de reações adversas e até mesmo fatais.
Segundo a OMS, embora não haja estatísticas globais sobre reações a esses remédios, há relatos de problemas em alguns países.
Ela afirma que na China houve 9.854 casos de reações adversas em 2002, mais do que o dobro do número registrado durante toda a década de 90.
Alguns países estão tomando medidas para limitar os riscos para os consumidores.
Em dezembro, a Food and Drug Administration (órgão do governo americano que regulamenta alimentos e remédios) divulgou um alerta sobre suplementos dietéticos que contêm efedra, também chamada ma huang, uma substância natural usada na China para tratamento de tosse.
As vendas de efedra já são restritas na Grã-Bretanha. Uma diretriz da União Européia, que deve entrar em vigor em 1º de agosto de 2005, vai harmonizar as regras sobre vitaminas e suplementos alimentares em todo o bloco.