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DRAMA DO COMÉRCIO DE SANGUE NA CHINA

03/08/2004 - Agência Aids

Documentário Viver é melhor do que Morrer

O documentário Viver é Melhor do que Morrer, que retrata a vida de uma família chinesa infectada pelo vírus da Aids, foi exibido na última quinta-feira durante o Festival de Cinema Motuvan, na Croácia. A projeção fez parte do projeto local do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) de combate ao HIV e foi seguido por um painel de debates sobre o filme e a doença.
Viver é Melhor do que Morrer foi realizado em 2003 pelo diretor Weijun Chen, que também produziu o filme, e será lançado mundialmente em dezembro. A história acontece em Wenlou, um vilarejo localizado na região central da China onde mais de 30% dos moradores foram infectados na década de 1990 ao venderem um pouco de sangue para conseguir dinheiro.
Chen acompanhou por alguns meses o fazendeiro Ma Shengyi e sua família. Ele, a mulher e dois dos três filhos são soropositivos. As autoridades chinesas estimam que 250 mil pessoas foram infectadas pelo HIV na época, em sete províncias, devido ao programa de doação de sangue. Organizações independentes acreditam que o número possa ser superior.
Na Croácia, uma epidemia de Aids é iminente em razão dos problemas econômicos que o país enfrenta após a guerra contra os sérvios. O conflito afetou, entre outras coisas, a infra-estrutura de saúde croata. A principal forma de transmissão do vírus no país é por relações sexuais.
No Brasil, a epidemia tem mostrado uma relativa estabilidade desde 1997, graças à ação de combate à doença que une políticas públicas e ações efetivas de organizações não-governamentais. A campanha brasileira foi indicada, em um relatório elaborado pelo PNUD no início do ano, como um exemplo a ser seguido pelos países da Europa Oriental e da ex-União Soviética, inclusive a Croácia.
A luta contra a Aids é um dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, um conjunto de metas assumido por 191 países, inclusive o Brasil, durante a Cúpula do Milênio, em setembro de 2000. O plano é deter a propagação do HIV até 2015, assim como começar a inverter a atual tendência de crescimento de infectados no mundo.

Fonte: Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento