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BOICOTE ÀS SEGURADORAS DE SAÚDE

19/08/2004 - Folha On Line

Médicos do Incor e do HC aderem ao boicote às seguradoras

Os médicos do Incor e do Hospital das Clínicas vão aderir a partir de hoje ao boicote às seguradoras de saúde. A adesão foi anunciada ontem à noite, durante a assembléia da categoria para avaliar o movimento, iniciado no dia 30 de julho.
Como os hospitais estão proibidos de aderir ao boicote, o movimento se restringe apenas aos médicos que possuem consultórios dentro do HC e do Incor. O atendimento público prestado pelos hospitais não será afetado.
Eles passarão a atender os usuários de sete seguradoras somente pelo sistema de reembolso.
Nesse sistema, o usuário paga R$ 42 pela consulta e pede o reembolso do valor para a seguradora.
Também ficou definido na assembléia que os médicos poderão ampliar o boicote para as empresas de medicina de grupo. Essa ampliação será definida na próxima assembléia da categoria, marcada para o dia 9 de setembro.
Por enquanto, o movimento restringe o atendimento das seguintes seguradoras: Marítima, Unibanco, Notredame, Porto Seguro, SulAmérica, Bradesco Saúde e AGF Brasil.
Com a ampliação, passarão a ser atendidos pelo sistema de reembolso tanto os usuários das seguradoras como os das empresas de medicina de grupo.
A principal diferença entre seguradoras e empresas de medicina de grupo está na forma de reembolso. As seguradoras são obrigadas a reembolsar parte ou totalmente o valor das consultas cobradas pelos médicos. Já as empresas de grupo não têm essa obrigação.
Outra novidade é que o movimento ganhou a adesão de médicos de outras regiões: Marília e Ribeirão Preto (interior de São Paulo). Os médicos do Estado de Santa Catarina também vão aderir ao boicote a partir da próxima terça-feira, dia 24.

Reivindicações

Entre as reivindicações está a implantação da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos), que incorpora 3.968 novos procedimentos à lista de procedimentos autorizados.
Os médicos também reclamam do congelamento da tabela de consultas, que não é reajustada há dez anos. Em contrapartida, as empresas de saúde aplicaram reajustes de 248% nos últimos sete anos nos valores cobrados dos usuários.