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CHINA COMEÇA A PROMOVER USO DO PRESERVAT

26/12/2004 - Agência France Presse

Criando barreiras para conter o HIV

As autoridades chinesas estão começando a promover o uso do preservativo. A nova atitude do governo de Pequim ficou evidente durante este mês de dezembro, quando mais de 40 cartazes foram afixados ao longo da Rua Pequim Bar e duas máquinas de preservativos foram colocadas nas extremidades da Rua Sanlitum. Outras cinco estão oferecendo o produto gratuitamente em bares da cidade. De acordo com a Agência de Notícias Xinhua, mas cem máquinas deste tipo devem ser instaladas no país até o final deste ano.
Em 1988, a campanha inaugural de sensibilização para o uso do preservativo, que tinha 80 cartazes afixados em veículos de transporte público no sul de Guangzhou – foi cancelada após 33 dias. Em 1999, um anúncio que promovia o uso do preservativo na maior rede de TV chinesa, a CCTV, foi retirado do ar após apenas um dia. No último mês de novembro, no entanto, seis ministérios redigiram um parecer solicitando mais anúncios de prevenção da Aids em locais de grande circulação, como portos e aeroportos, e áreas de lazer.
A proibição da Administração Estatal para a Indústria e Comércio, que determina o veto de campanhas de planejamento familiar, ainda está em vigor. No entanto, os anúncios de preservativos, dirigidos à prevenção do HIV/AIDS, são permitidos, mas a maioria se restringe ao mês de dezembro, quando se observa o Dia Mundial de Luta contra a Aids.
Timidamente, a China também começa a implantar programas de redução de danos, mas ainda com pouco sucesso. Apesar das garantias de que os beneficiários não serão presos e de que terão sua privacidade resguardada, nenhum usuário de droga injetável procurou o programa de troca de seringas que foi lançado em Pequim em novembro. A desconfiança persiste porque, na China, os usuários de drogas injetáveis costumam ser presos e enviados para campos de trabalho forçado.